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Mensagem por admin Qui 15 Jan - 21:26

As 10 Estratégias de Manipulação Midiática


Por Noam Chomsky

1. A estratégia da distração.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

2. Criar problemas e depois oferecer soluções.

Esse método também é denominado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.

3. A estratégia da gradualidade.

Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4. A estratégia de diferir.

Outra maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5. Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade.

A maior parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Aí alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou razão também desprovida de um sentido crítico (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6. Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos…

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.

Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

9. Reforçar a auto culpabilidade.

Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E sem ação, não há revolução!

10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.

No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência gerou uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem disfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos sobre si mesmos.

Noam Chomsky é linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts
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Mensagem por Manuae Qui 4 Fev - 21:05

“Eu Sou Assim”

Há a mania de justificar atitudes dizendo que "eu sou assim, tem que me aceitar do jeito que sou".

É uma desculpa furada para não se esforçar no relacionamento. Desculpa de vadio, de preguiçoso. É repassar a culpa para a genética ou para o mapa astral.

Não é porque é sincero que deve ser grosseiro.

Não é porque é desligado que deve ser indiferente.

Não é porque tem muito trabalho que deve ser agressivo.

Não é porque é econômico que deve ser avarento.

Não é porque é livre que deve ser inconsequente.

Não é porque é vaidoso que deve ser egoísta.

Cada um tem uma personalidade, mas nem por isso se pode sair por aí, machucando. O sofrimento do outro, a mágoa do outro, é a nossa medida.

É o limite do nosso temperamento.


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Mensagem por P3t4l4 Qui 4 Fev - 21:13

Uma Carta para o Rio de Janeiro


Minha Querida Princesinha do Mar,

Em primeiro lugar, desejo que esta missiva chegue e lhe encontre gozando dos privilégios que a vida lhe outorgou desde o seu nascimento, e aproveito para ratificar o conceito dos poetas e compositores, que cantaram a sua beleza, em versos que ainda hoje são atuais – “O Rio de Janeiro Continua lindo/ O Rio de Janeiro continua sendo...” (Gilberto Gil); “Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil/ Cidade Maravilhosa, coração do meu Brasil...(André Filho) e a inesquecível Valsa de Uma Cidade – “Vento do mar no meu rosto/E o sol a queimar, queimar/ Calçada cheia de gente a passar/ E a me ver passar/Rio de Janeiro gosto de você ...” (Antôno Maria e Ismael Neto).

Digo a você, minha querida, que apesar dos pesares, segundo as versões da mídia perversa, que só vê em você, o berço da marginalidade, com seus morros que não são uivantes, mas, são violentos, quando se trata de confrontos entre traficantes e polícia, apesar dos pesares, você continua linda.

Sem lhe avisar ou pedir permissão, fiz-lhe uma visita, porque pretendia passar e passear por caminhos, por mim andados em épocas de aventura, sonho e realidade. Hospedei-me no Bairro do Flamengo, na Rua Ferreira Viana, onde morei por oito anos, em companhia da saudosa e amada Marivone, depois de ter deixado Copacabana, na década de 60, indo e vindo de norte a sul, com os meus compromissos em Copacabana, Laranjeiras, Tijuca, Méier e adjacências.
Você, com seus braços abertos, carinhosamente me recebeu, permitindo a minha circulação com tranquilidade, paz e harmonia.

Aproveitei e visitei os Jardins do Palácio do Catete, recanto aprazível, aberto para o público, que se delicia nas sombras dos arvoredos, nos cantos dos pássaros e no barulho gostoso das águas correntes de suas pequenas nascentes.

Fiquei deslumbrado com a população idosa, que ali encontrei e ainda mais surpreso com esta população espalhada na zona sul, do Leblon à Ipanema, de Copacabana ao Flamengo. No seu trânsito ligeiro pude constatar a organização do tráfego, que permite aos seus moradores e visitantes, o deslocamento regular, sem filas de espera ou tumultos.

Peguei o Metrô que lhe presentearam, saindo da Rua do Catete para a Praça General Osório, logradouro extremamente urbanizado e andei com minha companheira de todos os dias, Eva, que apesar do cansaço, se sentiu recompensada de visita tão ilustre.

Suas praças são urbanizadas, cuidadas e humanizadas, como raramente se vê neste país de governantes descompromissados com o bem público.

A Praça Nossa Senhora da Paz, pouco mudou, lá permanecendo a Igreja em louvor da Padroeira e no seu entorno não mais o Boliche de Mário Prioli, que reunia artistas e amigos em noites memoráveis; não mais o Restaurante Cabana, onde fiz minhas últimas apresentações musicais como profissional, cantando ao violão, de mesa em mesa.

Por lá, ergueram espigões e no local do Restaurante, encontra-se uma garagem. Sei que a sua população cresceu geometricamente e exige este sacrifício de não permitir a beleza das mansões e abrigos da classe média, que gozava da brisa fresca do mar, que margeia o nobre bairro, que serviu para Tom Jobim musicar os versos de Vinicius de Morais, na célebre musica – “Garota de Ipanema” –“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela menina, que vem e que passa, num doce balanço, a caminho do mar...”.

Não pretendo me alongar nesta primeira correspondência, mesmo porque tenho muito que lhe contar sobre esta minha estadia surpresa, na visita que não lhe avisei, mas que fiquei gratificado.

Em breve, escreverei para lhe falar dos cantos e recantos por onde andei e amei.
Abraços, daquele que por muitos anos foi, carinhosamente, tratado por seus filhos, de cariobano,

Milton Britto
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Mensagem por Tr1n1d4d Dom 14 Fev - 15:38

A Seara de Saramago

Esta língua é minha semente,
machado de mulato do morro,
pátria de poeta lisboeta.
Esta língua é minha visão,
o sol do soldado caolho,
a mão do soldado maneta.
Esta língua é minha música,
na palavra do padre pregador,
no pássaro do padre voador.
Esta língua é minha mulher
tem cuidados de mãe
no leito da amante.
Esta língua é minha rosa,
tem perfume dos sertões gerais,
tem sabor de vinhos do Porto.
Esta língua é meu cavalo
para subir cidades e serras,
que a brisa do Brasil beija e balança.
Esta língua é fel com mel,
cantigas a palo seco
de ninar o futuro.
Esta língua é meu coração,
na tortura, na paixão
e no sal amargo da purificação.
Esta língua é jóia africana,
ela caça a onça caetana,
ela cruza a légua tirana.
Esta língua é fruto de meu ventre,
mata sede de amizade,
me arma nos bons combates.
Esta língua não é de viver,
língua de navegar e de lamber
e de dançar o tango argentino.
Esta língua é meu berço,
esta língua me conhece,
esta língua é meu caixão.

José Nêumanne

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Mensagem por 4dr14n Dom 14 Fev - 20:34

Uma funcionária de repartição pública - eficiente secretária - brigou com o noivo e, arrependida, ficou imaginando uma forma de retratar-se. Tentou escrever uma carta bem delicada e carregada de palavra de amor, mas - por vício profissional - acabou redigindo um requerimento.

Ilmo. Sr. Diretor do meu coração

Amália Amélia da Silva, residente e domiciliada em São Paulo, na rua Tijuco Preto, nº 500, 631, 421,vem respeitosamente requerer o perdão de V. Sa. para as rudes palavras que proferiu ao final da Festa do Vinho do Atlético Clube Pinheirense, no domingo, dia 8 próximo passado.

A requerente reconhece que exorbitou quando jogou o garrafão de vinho sobre a capota do carro de V.Sa. e que assim agiu movida pelas forças desconhecidas do ciúme. Reconhece ainda que muito o ama e  que jamais pensou em ofendê-lo.

Nestes termos,
pede deferimento.

São Paulo, 13 de maio de 2015
Amália Amélia da Silva

O documento chegou ao noivo ofendido no dia seguinte e este, chefe da seção de outra repartição pública, apressou-se em indeferir o pedido, alegando, carinhosamente, nada ter a perdoar.


Última edição por mick em Dom 14 Fev - 20:39, editado 1 vez(es)
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Mensagem por 4dr14n Dom 14 Fev - 20:36

Devolveu o requerimento à noiva acompanhado de um ofício, maneira que julgou mais criativa para responder à brilhante solução encontrada por Amália e talvez a única que ele, também por vício profissional, pôde encontrar.

IBIP - INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO
PROFISSIONAL

Departamento de Divulgação
Nº 19/15
São Paulo, 14 de maio de 2015

Emenda: Reconciliação - Amália Amélia

Senhora minha noiva:

Em atenção ao pedido constante de requerimento datada de 13 de maio próximo passado, levamos ao conhecimento de V. Sa. que nada consta neste Departamento em nome da Festa do Vinho do Atlético Clube Pinheirense.

1. O incidente a que se refere o requerimento não aconteceu da maneira como foi exposto no requerimento e pode ser considerado como acidente sem vítimas e sem prejuízo para as partes.

2. Baseado na idéia popular de que "amar é jamais ter que pedir perdão", a solicitação contida no requerimento não se justifica.

Aproveitamos o ensejo para apresentar a V. Sa. os protestos de distinta consideração.

Orozimbo de Oliveira
Chefe do Departamento
A Ilma. Srta.
Amália Amélia da Silva
DD. Futura Dama do meu lar
São Paulo - Capital
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Mensagem por 4dr14n Dom 14 Fev - 20:38

Amália e Orozimbo marcaram o casamento para o mês de julho e, encantados com a criatividade descoberta, enviaram aos amigos, um convite em forma de Declaração, nos seguintes termos:

DECLARAÇÃO

Os noivos AMÁLIA AMÉLIA e OROZIMBO, ela filha de Manuel e Rosa da Silva e ele filho de João e Aparecida de Oliveira, declaram para os fins de convite aos parentes e amigos, que se casam no próximo dia 12 de julho, às 20 horas, na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no município de Aparecida do Norte.
São Paulo, 18 de junho de 2015.

Amália Amélia da Silva
Orozimbo de Oliveira

Os documentos de que se utilizaram os apaixonados Orozimbo e Amália servem, naturalmente, os fins menos românticos.
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Mensagem por Olaf Dom 6 Mar - 3:10


Silêncios e Palavras

SÓ DÊ OUVIDOS A QUEM TE AMA

Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa.

Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus. Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer.

Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.
Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro.

Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar.

Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.

Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo.

Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas.

O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito.

Padre Fábio de Melo

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Mensagem por L0sV3g4s Dom 6 Mar - 3:28

*
De todas as armas mais poderosas de destruição que o Homem foi capaz de inventar, a mais terrível - e a mais covarde- é a palavra.

Punhais e armas de fogo deixam vestígios de sangue. Bombas abalam edifícios e ruas. Venenos sempre são detectados.
Mas a palavra destruidora desperta o Mal sem deixar pistas.

Crianças são condicionadas pelos pais durante anos a fio, artistas são impiedosamente massacrados, mulheres são sistematicamente criticadas por seus maridos, fieis são mantidos longe da religião por aqueles que se julgam capazes de interpretar 'melhor' a Voz de Deus.

Procure ver se você está utilizando essa arma, e se essa arma está sendo utilizada em você.

E não permitas nunca as duas coisas.
*
L0sV3g4s
L0sV3g4s
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Mensagem por Falstf Dom 6 Mar - 5:12

Uma Vírgula!

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.



Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...
Falstf
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Mensagem por St.Maarten Seg 25 Abr - 22:23

A Supervalorização da Opinião e Nossa Vida de Sub-Celebridades de Rede Social

A opinião sempre foi o que separou os meninos dos homens.

Começar a ter opinião própria, saber o que quer e brigar com os pais, fazem parte da passagem da fase infantil para a adulta.

Sempre foi assim.

Mas a diferença é que antes as pessoas tinham opinião, mas ela atingia somente as pessoas que estavam por perto.

As opiniões fora do seu círculo social mais íntimo eram sempre dadas por gente famosa, jornalistas, críticos e outras pessoas com espaço na mídia.

Aí veio a internet e as mídias sociais e democratizaram tudo. Todo mundo pode expor a opinião onde quiser, quando quiser e como quiser. (Agradeçam também à liberdade de expressão que temos por aqui). Isso é espetacular.

E o Facebook torna isso ainda mais fácil e até estimulado, já que as opiniões dadas sempre acabam atingindo uns 10 ou 15 que dão um like, seja pelo motivo que for. Isso passa a impressão de que aquilo que estamos dizendo fez diferença na vida de alguém. E acaba fazendo com que as pessoas adotem a postura que fez sucesso na opinião anterior para emitir a próxima, sempre forte, marcante e exacerbada, Cria-se, assim, a sua imagem virtual e alimenta-se uma pequena legião de “fãs” que acabam sempre curtindo ou compartilhando o que você fala. Sentimos aquele gostinho de ser celebridade, de ser referência, formador de opinião.

E ainda somos provocados pela pergunta: “O que você está pensando?

Como se o que estamos pensando realmente fosse importante e interessante para todo o mundo.

Essas opiniões, sempre definitivas, criam uma necessidade de expressá-las sempre que possível, para não decepcionar seus “fãs”, mesmo que isso signifique criticar a opinião de um outro amigo ou até de um desconhecido qualquer. Inventamos, com isso, uma liberdade de expressão questionável. Não, você não vai ser preso por falar bem ou mal do governo.

Mas você se torna um pouco a ‘polícia social’ do mundo, que está por aí, descendo regras pra todos os lados sobre o que os outros podem ou não gostar, principalmente no Facebook, a Terra do Ódio.

Ser de direita está proibido. Ser de esquerda, agora, também. Gostar da Dilma, fora de cogitação, seu vermelho comunista. Criticar também não pode, seu desinformado da elite branca heterossexual.

E ai de você se gostar de sertanejo, seu pobre. E não preciso nem falar da remota hipótese de curtir o trabalho do Romero Britto. Vai ser espinafrado na certa. E se você não gostar do avião feito pelos Gêmeos, também será tratado como um  idiota que não entende a verdadeira arte das ruas.

Trocar o carro por bicicleta, vale 30 likes e menção honrosa na próxima Ghost Bike, mas ignorar essa opção e ir trabalhar de carro transformam você no culpado pela falta de chuvas no Cantareira.

E, claro, em tempos de Copa, se você gostar do Galvão Bueno é melhor nem ter acesso à internet.

O Facebook é capaz de se tornar o espaço onde a liberdade de expressão é mais difundida e valorizada no mundo, ao mesmo tempo em que qualquer opinião que não esteja de acordo com o gosto médio mediano da sua timeline pode jogá-lo na berlinda das amizades virtuais.

No fundo, no fundo, estamos todos atrás dos nossos 15 likes de fama e de demarcação de território.

E enquanto todo mundo criticava aquela manchete no portal de fofocas que dizia “Caetano Veloso estaciona carro no Leblon”, por não oferecer nada de interessante para ninguém, a gente faz check-in no shopping e avisa pra todo mundo que está comprando o presente do dia dos namorados. Com a diferença de que ele não pediu pra estar nos jornais, já nós fazemos o possível para aparecermos na capa do próximo Facebook. Assim, mantemos nossa vida social em alta e agradamos quem espera tanto pelas nossas atualizações.  Só que não. #SomostodosCaetanos

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Diogo Mono. Redator publicitário, tenta ser escritor, pai de família e continua sendo um observador das coisas do cotidiano.
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Mensagem por Moorea Seg 25 Abr - 22:32

25 Respostas e 1 Gif para 1 Pergunta Idiota


Um bom motivo para assistir “O Mercado de Notícias” é conferir a volta de Jorge Furtado aos documentários. Três décadas depois, “Ilha das Flores” é, hoje ainda, o documentário e o curta mais assistido do cinema brasileiro de todos os tempos.

De lá para cá, Furtado fez muitos outros curtas, foi para os longas e para a ficção e, principalmente, para a tevê, além de escrever um blog. “O Mercado de Notícias” tem um pouco disso tudo. Não é de hoje que o tema da mídia freqüenta seu blog. Na cena da primeira leitura da peça pelos atores, lembrei de “Cena Aberta”, uma série que fez para a Globo sobre adaptações literárias, mostrando os bastidores da produção. E a grande descoberta do filme, literalmente, é ter encontrado a peça homônima, escrita por Ben Jonson, em 1625 e traduzida especialmente para este longa. É a peça que conduz a narrativa – outra especialidade de Furtado, a alternância entre ficção e realidade – amarrando os casos documentados e as entrevistas com dezenas de jornalistas.

E o problema está justamente com os entrevistados. Na sua crítica sobre o filme para Folha, Marcelo Coelho diz que os depoimentos soam abstratos. Concordo, mas é pior. São idealizados. Falam de um jornalismo que não existe, se é que já existiu algum dia, com apuração, checagem de fontes, responsabilidade, etc. O be-a-bá da profissão.

Só que o jornalismo hoje não é nada disso. A internet alterou tanto o jornalismo quanto a indústria musical. E, neste caso, o que prevalece hoje é o jornalismo “Buzzfeed”, padronizado pelo site do mesmo nome. E que em resumo consiste em uma pergunta idiota (“clique aqui para saber quem estava com a celebridade na praia”) que levam a uma matéria que é, na verdade, alguma lista baseada unicamente no gosto de quem escreveu (“25 filmes imperdíveis sobre férias no México”), de preferência ilustrada por GIFs idiotas. Isso é outra coisa, não jornalismo. Mas, por hora, está ficando com o nome.

Se o jornalismo, em seu sentido essencial, sobreviver contra a ditadura dos textos curtos, superficiais, ilustrados por gifs ou fotos, talvez se deva justamente ao seu ramo menos valorizado hoje, o investigativo. A vigorosa biografia “Marighella, o Guerillheiro que Incendiou o Mundo” de Mário Magalhães, as lições jornalísticas de Caco Barcellos em “Profissão: Reporter” e iniciativas como a Agência Pública (apublica.org) e a Ponte (ponte.org) são lampejos de esperança. Espero que estes herdem a profissão e o sentido do jornalismo e que outro nome apropriado seja dado à publicação de matéria caças-cliques e interessadas no efêmero e superficial. Por enquanto, porém, o mercado venceu a notícia.

___________________________________________________________________
Miguel Stédile é zagueiro, gremista, historiador e dublê de jornalista.
Moorea
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Mensagem por Moorea Ter 26 Abr - 0:11


Sete anos


Acabei de soltar um peido, queria compartilhar com vocês. Pena que essa ferramenta não tem cheiro.

Essa foi minha primeira tuitada. Em 9 de março de 2009, fui apresentado a uma novidade. um site onde você escreve textos de até 140 caracteres, que qualquer um pode acessar.

Não fazia a menor ideia pra que serviria esse troço. O microblog era muito recente, ainda não tinham estabelecido sua função, que é ofender e xingar seus inimigos (e seus amigos, usando um perfil falso).

Durante muito tempo, o twitter reinou absoluto. O Orkut já estava por baixo, o facebook ainda não existia. Muito menos snapchap, vine, instagram… Hoje existem muitos meios para mostrar que você é um merda.

O twitter já teve o seu auge, depois, muita gente deixou de acompanhar, mas como poucos se deram ao trabalho de fechar sua conta. Por isso, alguns perfis ostentam milhões de seguidores fantasmas. É o meu caso. Tenho listados mais de dois milhões de seguidores, não faço ideia de quantos efetivamente recebem minhas mensagens. São pessoas que inauguram sua timeline xingando meia dúzia de artistas. Se ninguém morder a isca, o sujeito vai embora. O twitter fica como um paletó de funcionário público, pendurado na cadeira da repartição.

Apesar disso, ainda é útil pra receber notícias de última hora e lançar boatos mentirosos e infundados. Difícil é saber a diferença entre um e outro. É muito bom também pra ganhar processo por calúnia, já que o que você escreve não pode ser apagado e serve de prova para seu inimigo. Mas a grande diversão é acompanhar algum evento ao vivo pela tevê e ficar trocando comentários por ali. Quanto mais merda o evento, melhores os comentários. É a salvação de jogos de futebol merdas, shows ruins e pronunciamentos merdas de políticos ruins. Servem de combustível pra uma conversa fiada em 140 caracteres.

Uma das grandes falácias do twitter são os TT’s – “Trending Topics”. “Fulano foi parar nos TT’s e é o assunto mais comentado no mundo”. Mentira! O tal fulano só é assunto entre seus amigos e inimigos que, se forem fanáticos, inundam o twitter de mensagens. Como o resto do planeta tem mais o que fazer, “fulano” acha que estão todos falando dele.

Uma das vantagens do twitter é o limite de 140 caracteres. Evita que a pessoa perca tempo lendo longos textos inúteis, como esse. É por essas e por outras que, tirando você, quase ninguém clica nos links…
_____________________________________________________________
Hélio de LaPeña é redator, C&P, ExtraOrdinários,LLECGladiadores,Totalmente Demais, Botafogo FC______________________________________

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